sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Voltei

I Parte

Peço desculpa à amiga Joana e a todos os que leram os meus primeiros ‘posts’ pela minha ausência demasiado prolongada.
Voltei, pensando em todos os companheiros que actuam no campo espírita realizando as mais diversas tarefas: divulgação da doutrina, tarefas assistenciais a encarnados e desencarnados, estudo doutrinário...

Voltei, para abordar agora um tema completamente diferente do anterior.E isto porque reli uma mensagem psicografada recebida há mais de dez anos.


Diz assim:
“Nunca procures aparecer. Lembra que os que se encontram em evidência estão sendo analisados. Será que estás em condição de só oferecer bons exemplos?”
OCAJ

Ao mostrar esta mensagem a pessoa amiga, ela chamou-me a atenção para o nome do espírito que assinou esta mensagem: OCAJ. Para mim totalmente desconhecido, mas, de facto, se visto o nome ao contrário, podemos ler JACO ou, talvez JACOB. E lembrei-me do irmão Jacob.
Voltei é o título de um livro psicografado por Chico Xavier em 1948, ditado pelo espírito do irmão Jacob.
O conteúdo desse livro constitui uma séria advertência para todos aqueles que militam na seara espírita.

Irmão Jacob foi presidente de uma instituição espírita brasileira da mais alta relevância.

Foi divulgador da doutrina a nível nacional (no Brasil). Participou em reuniões mediúnicas de elevada responsabilidade (incluindo reuniões de materialização).

Deu passes em moradores de bairros pobres (ou favelas).

Conviveu com grandes nomes do espiritismo brasileiro como Bezerra de Menezes, Guillon, Batuíra, Inácio Bittencourt, Leopoldo Cirne, Bittencourt Sampaio...

Mas por que razão ao chegar ao mundo espiritual não apresentava uma luzinha no plexo solar?

As dúvidas quanto à sua posição espiritual começaram desde logo a assaltar o irmão Jacob quando, no início da viagem para colónia espiritual, realçou a presença, no grupo de entidades recém-desencarnadas, de “respeitável senhora” que, de todos, “era a única de cujo peito irradiava luz” .
E informa:
“a evidente superioridade que a distanciava de nós parecia afligi-la, tal a modéstia que lhe transparecia das atitudes”.
Confessa:
“reparando aquela mulher de maneiras simples e afáveis, emitindo luminosidade sublime, inopinado sentimento de inveja me assaltou o coração.
E perguntou-se sobre “os sacrifícios a que fora, por certo, conduzida a bem-aventurada criatura, que” o “impressionava tão fortemente, para conquistar o precioso atributo”.
Aquela “modesta professora de bairro distante” foi posteriormente recebida por uma assembleia de meninos, entoando cânticos e tratando-a por mamã (mamãe) e informada que “outra escola, muito mais linda, a esperava num parque celestial”.

Mas por que razão ele, Jacob, que tinha dado a vida pela doutrina, durante décadas, não apresentava uma única réstia de luminosidade?
(Continua)
Mário

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